É comum, em processos de recrutamento e seleção, encontrar o famoso requisito “resistência à pressão”. E isso é altamente desejável, afinal, resistir à pressão significa não ceder à pressão externa que, por muitas vezes, é nociva ao equilíbrio emocional do próprio trabalhador. Resistir, neste caso, é entender que a força externa não é dilaceradora, mas pode ser alavanca de mudança e, eventualmente, gatilho para revisão de ações, busca de um caminho melhor, ou mesmo repensar a trajetória.
As pessoas precisam de reconhecimento, sensação de utilidade, pertencimento e, acima de tudo, respeito. Esses componentes são alavanca fundamental da autoestima.
A chamada “pressão” no entanto, deve vir acompanhada de alguns outros componentes situacionais. Existem recursos suficientes para o pressionado ? As competências dele são suficientes para sair da situação de pressão ? Há uma viabilidade (espaço) para que o pressionado se movimente em outro sentido, fazendo algo diferente, permitindo que, finalmente, o objetivo se restabeleça ?
É muito importante refletir sobre estes aspectos. Viabilizar um ambiente de confiança mútua, de parceria, uma via de comunicação, entendimento e colaboração é indispensável para que o “pressionado” encontre o espaço para a virada desejada e o resultado obtido.
A pressão descontrolada e não contextualizada pode abalar a confiança e prejudicar, não somente o andamento do trabalho, mas principalmente, reduzir a autoestima do profissional.
E a promoção da autoestima é um caminho sutil, que começa na fase tenra da infância, passa pela doçura da juventude e se desafia no dia-a-dia das corporações.
Autoconhecer para autodesenvolver.
Autodesenvolver para resistir.
Resistir para aumentar a autoestima, na certeza de que cada um tem um conjunto de talentos ímpar, que no lugar certo permitirão obter o melhor resultado.
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